sábado, 4 de agosto de 2012

Uma questão de opinião


Uma questão de opinião 2

Numa reunião pedagógica, as diretoras administrativas e diretora pedagógica, apresentavam  os resultados das avalições, chamando à atenção para os avanços mais significativos e os menos significativos.
A diretora administrativa, com todo o vigor da sua autoridade, questionava às professoras o porquê dos baixos avanços.
A professora da situação questionada, apresentava a sua justificava a qual gerava outras discussões ou convencia a todos e seguia-se adiante.
Num dado momento das  calorosas  discussões,  ventilou-se a idéia de respeitar o nível do aluno no momento da avaliação,  elaborando para ele uma prova diferente de acordo com a sua capacidade para que ele tivesse condição de respondê-la.
Uma professora que não estava diretamente envolvida nesse processo, questionou:
_ E como e quando serão avaliadas as habilidades propostas para esse aluno no ano escolar em que está matriculado, de acordo com as diretrizes curriculares?
Antes  que  quaisquer   professor(a)  se manifestasse,  a diretora titular  interpelor de forma muito convicta,  que o mais importante é não prejudicar a autoestima do aluno. Todos os demais presentes  na reunião estavam de acordo.
Eu pergunto a você leitor preocupado com a educação:
Fazer reenturmação não prejudica a autoestima do aluno?
Facilitar a prova para que aluno não tire nota baixa, vá para o 4º ,5º ano sem estar alfabetizado, não prejudica a autoestima do aluno?
Dizer que um aluno com baixo desempenho é deficiente mental, sem sequer buscar conhecer o percurso escolar desse aluno, não prejudica a auto estima do aluno?
Estamos vivenciando situações preocupantes em algumas instituições escolares. Baixíssimo desempenho de muitos alunos, alguns com perfis que por si só já justificam os seus fracassos.
Aluno  que só iniciou a escolarização aos nove anos de idade devido a problemas de saúde;  aluno que era cuidado pelos avós e que por motivo de falecimento de um dos dois, foi devolvido à mãe tendo que adaptar-se a uma nova família; alunos  que sentem  na “carne” a dor do despreso do pai ou da mãe e às vezes dos dois; aluno que é xingado, espraguejado pelo pai que é viciado em algum tipo de droga, etc, etc ...
Às vezes, o único refúgio que alguns alunos têm, é a escola. O acolhimento que ele tem, é aquele que ele recebe do professor.
E quando esse aluno  não é acolhido por esse professor?  Quando ele é totalmente  ignorado  dentro da sala de aula.  Quando ele é exposto à turma por algumas ações praticadas pelo professor(a), mesmo de forma inconsciente?
O acolhimento a que me refiro, não é “colocá-lo  no colo”,  não é ser demagógico para parecer empático. É ser verdadeiro, tolerante. É respeitar a todos os alunos,  apesar das suas limitações. É  procurar ser justo.  É falar claramente o que precisa ser  melhorado, sem condenar àquele que ainda não domina determinados saberes, que nós esperávamos que já dominasse. É pensar também nesse aluno no momento do planejamento da aula, propondo a realização de atividades diversificadas. Diversificadas! Não diferenciadas. É propor  desafios para a turma onde esse aluno também  possa integrar-se e  participar. É demonstrar verdadeiramente através de sua postura frente  à situação, que você está com ele. Que quando o assunto for relacionado ao processo ensino aprendizagem, ele pode contar com você.  E isso podemos fazer  sem nenhum discurso. Somente através de nossas ações.
Ou!.... sou eu quem está errada? 

                                                                                                                Antonia  Lopes
                                                                                                           Pedagoga e Psicopedagoga



domingo, 24 de junho de 2012

Sugestões de atividades inclusivas


SUGESTÕES DE ATIVIDADES INCLUSIVAS PARA SEREM APLICADAS NA SALA REGULAR
01. Bingo com  nomes  próprio:
·         Confeccionar  uma lista de nomes próprios, com os nomes dos alunos da sala e de pessoas ligadas a si: pai, mãe, irmãos, avós.
·         Confeccionar, individualmente, os cartões de bingo, com no máximo quatro nomes, sem repetir nenhum.
·         Confeccionar as “pedras” (fichas) do bingo para proceder a chamada. Tomar cuidado para não esquecer nenhum nome.
Como realizar a tarefa:
·         Distribuir os cartões de bingo
·         Explicar minuciosamente a dinâmica do jogo.
·         Iniciar com a chamada do nomes, explorando cada nome: letra inicial, letra final, muitas ou poucas letras, quantidade de letras
·         Expor a ficha grande para visualização
·         Proceder com a atividade até haver um vencedor ou enquanto houver interesse por parte dos alunos.
Objetivos da atividades:
·         Estudar  minuciosamente as palavras, partindo, sílabas, som inicial/final, quantidades de letras, etc
·         Desenvolver espírito de cooperação, respeito e tolerância a frustrações (aprender a perder)
·         Desenvolver habilidade de atenção, concentração e discriminação
·          


02. Adedanha com variação de campo semântico ou com palavras com o mesmo som inicia,l ou som final; quantidade de silabas.Exemplos:
Com variação do campo  semântico:

LETRAS
NOMES DE PESSOAS
NOMES DE ANIMAIS
NOMES DE FRUTAS
NOMES DE COMIDAS
NOMES DE LUGARES
A
Amanda
arara
acerola
acarajé
Amarante
B
Bruno
boi
banana
bolo
Brasília
C
Carolina
cavalo
castanha
cocada
Cocal


SOM/SÍLABA
NOME DE ANIMAIS
NOME  DE FRUTAS
NOME DE OBJETOS
NOME DE PROFISSÃO
AS
sapo
sapoti
sacola
sacoleira
MA
macaco
maçã
martelo
maqueiro
LA
lagarta
laranja
lata
lavrador

03. Palavra no túnel:
Estabelecer um critério para facilitar as pistas: Ex: campo semântico.
Objetivo:
Proporcionar a participação de todos os alunos independente dos níveis acadêmicos
Trabalhar, na mesma atividade, letra, sílabas, palavra, som, semelhanças gráficas e sonoras, quantidade de letras.
DESENVOLVIMENTO: Confeccionar fichas de palavras (5  ou 7 no máximo) colocá-las em um “túnel” de papel, e estimular os alunos a identificar a palavra. Mostrar a letra inicial, e esperar que eles ditem as palavras. Se não acertarem, mostre  depois a letra final e aguarde as respostas deles.  Mostrar cada letra lentamente, uma de cada vez. Enfatizar sempre cada letra mostrada, para que o alunos que ainda não conheçam as letras, tenham a oportunidade de visualizá-las e fixá-las. Após acertarem a palavra, deixá-la exposta no quadro, formando uma lista e prosseguir com a atividade com cada palavra selecionada.
04. Sequenciação de cores; de formas; de tamanho.
Dispor materiais previamente selecionado e propor que eles organizem em sequência  conforme um modelo apresentado. Variar esses modelos.

05. Classificação de cores, de formas, de objetos, de palavras, obedecendo critérios previamente definidos.
Colocar à disposição dos alunos  materiais como figuras de animais, de brinquedos, de objetos, de produtos de higiene, todos misturados e pedir que eles organizem em grupos de acordo com a utilidade/espécie. Variar os modos de agrupamentos para propor mais desafios.

06. Jogo da forca de palavras previamente selecionadas, preferencialmente obedecendo a um campo semântico.
Selecionar  previamente umas cinco a dez palavras (a quantidade de palavras de do ritmo da turma), desenhar uma forca, e perguntar aos alunos, que  letras tem a palavra você está segurando. Se acertarem a letra, você coloca no local certo traçado ao lado da forca. Se a letra ditada não pertencer à palavra, escreva-a de lado,  à parte  e desenhe  a cabeça do boneco na forca. Cada vez que for ditada uma letra que não pertença à palavra, será desenhada uma parte do boneco na forca.  Prossiga com  a atividade até que  sejam ditadas todas as letras da palavra ou até que o boneco seja enforcado.

07. Ludos ortográficos e sonoros......
Dominós de nomes e imagens; baralho imagens X nomes; de números X quantidades; quebra cabeça imagem X nome, etc.
08. Jogos diversificados com dados de números, de letras
·         Jogar dados para formar listas de palavras de acordo com determinado conteúdo ou tema. Ex.: Só nomes de animais; só nomes de frutas, só animais mamíferos; só nomes de pessoas; etc.
·         DADOS DE LETRAS E DE NÚMEROS:
·         Confeccionar um dado com seis letras  e um de 6 numerais a partir do numeral 3 até o 8. Confeccionar também,  36 palavras iniciadas com essas letras, sendo seis palavras com cada letra do dado, com uma variação de quantidade de letras de 3 a 8. Se o dado tem as letras  A- B- C -  D- E –F-, deve-se confeccionar  6  palavras iniciadas com a letra “A”, sendo, uma com 3 letras, outra com 4, outra com 5, outra com 6, outra , com 7 e outra com 8, todas iniciadas com a letra “A”. Proceder assim com as demais letras do dado.
SUGESTÕES  DE  DESENVOLVIMENTO:
Colocá-las à vista dos alunos. Organizar a turma de modo a facilitar que cada um tenha a oportunidade de jogar os dados. O jogador deve identificar a palavra, iniciada com essa letra e que tenha a quantidade de letra indicada no dado de numerais.
OBS.:  Enfatizar bastante as letras, contá-las, compará-las... Não esquecer que o objetivo principal dessa atividade, promover a participação de todos os alunos, ou seja, a inclusão dos alunos com baixo desempenho.


09. Tempestade mental relacionada ao tema em estudo, ou a determinada letra, ou a determinado som.
·         Solicitar que cada aluno diga uma palavra de acordo com um critério previamente selecionado. Escrever no quadro todas as palavras que forem ditadas pelos alunos. Depois que todos os alunos tiverem ditado uma palavra, pode deve ser proposta outra atividade com essas palavras. Por exemplo:  Se o critério for a letra inicial da palavra, propor que eles organizem em grupos de palavra de acordo com o tipo de palavra: nomes de pessoas; nomes de objetos; nomes de frutas; etc

10. Jogo das pistas, relacionado ao conteúdo
·         Selecionar previamente um grupo de palavras e propor o desafio para a turma, dando uma pista por vez. Exemplo:
·         É um animal doméstico
·         Pode pesar até 30 quilos
·         Tem orelhas
·         Tem quatro patas
·         Dizem que é o melhor amigo do homem

CACHORRO

OBS.:
·         As pistas devem ser apresentas em ordem decrescente de dificuldades.
·         Aproveite todas as oportunidades que surgirem durante a realização da atividade, para chamar a atenção sobre aspectos que os alunos demonstrarem que ainda não estão dominando mas principalmente para que os alunos de baixo desempenho possa tirar proveito dessas participações
·         Sempre lembrar que o valor da atividade realizada depende da dinâmica e da abordagem de quem a realiza.
·         Todas as atividades devem ser planejadas visando a inclusão de todos os alunos da turma. Se alguns alunos ainda não conhecem as letras, se não sabem contar,...  deve-se  planejar  diariamente uma atividade que aborde esses conteúdos. As atividades lúdicas são as mais propícias, desde que tenham desafios para  os alunos com bom desempenho e OPORTUNIDADE  para  os menos desenvolvidos.
11. SEGMENTAÇÃO DE TEXTO
Apresentar um texto, de preferência, um texto conhecido pelo aluno, escrito sem os espaçamentos entre as palavras. A atividade do aluno consiste em identificar os espaços entre as palavras, marcá-lo depois copiar corretamente
Ex.: A FORMIGA E A POMBA
AUTOR: ESOPO

UMAFORMIGAFOIÀMARGEMDORIOPARABEBERÁGUAE,SENDOARRASTADAPELAFORTE CORRENTEZA,ESTAVAPRESTESASEAFOGAR.UMAPOMBAQUEESTAVANUMAÁRVORESOBRE A ÁGUA,ARRANCOUUMAFOLHAEADEIXOUCAIRNACORRENTEZAPERTODELA.AFORMIGA SUBIUNAFOLHAEFLUTUOUEMSEGURANÇAATÉAMARGEM.POUCOTEMPODEPOIS,UMCAÇADORDEPÁSSAROSVEIOPORBAIXODAÁRVOREESEPREPARAVAPARACOLOCARVARASCOM VISGOPERTODAPOMBAQUEREPOUSAVANOSGALHOSALHEIAAOPERIGO A FORMIGA, PERCEBENDO SUA INTENÇÃO, DEU-LHE UMA FERROADA NO PÉ. ELE REPENTINAMENTE DEIXOU CAIR SUA ARMADILHA E, ISSO DEUCHANCE PARA QUE A POMBA VOASSE PARA LONGE A SALVO. 


                                                                                                  Teresina, 07 de setembro de 2011.

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                                                          Antonia Maria da C. Lopes



Animais ameaçados de extinção








domingo, 22 de janeiro de 2012

textos reflexivos


Você é empático ou simpático?

Por que existem pessoas com as quais desconhecidos conversam e até contam intimidades? Já aconteceu com você, no ônibus ou na fila do banco? Se a resposta é sim você deve ser alguém empático. As pessoas empáticas parece que atraem uma conversa ou confidência.
Empático: é aquele que demonstra ou sente empatia.
Empatia: capacidade de sentir o que outra pessoa sente em determinada situação. Saber colocar-se no lugar do outro.
Há pessoas simpáticas que não são empáticas. Simpatia é ser cordial, sorridente e delicado nas relações humanas, mas não necessariamente sentir com o outro.
Há muitos que já nascem com essa capacidade de empatia, outros a desenvolvem no decorrer de suas vidas.
E há outros em cujo dicionário esta palavra não existe. Por quê?
A empatia tem a ver com bondade, compaixão e sensibilidade, contudo nem toda pessoa sensível é empática. Uma pessoa pode ser sensível às artes, por exemplo, e não ser sensível ao sentimento ou sofrimento dos outros.
Para sermos empáticos temos de não só ver as nossas necessidades, mas as dos outros também. Por que devemos achar que as nossas necessidades são mais importantes que as dos demais?
Precisamos primeiramente nos conhecer, conhecer nossos sentimentos, carências e necessidades para poder entender os sentimentos e carências do outro.
Precisamos enfocar mais as semelhanças que existem entre nós porque assim fica mais fácil aceitar as diferenças.
A falta de empatia também pode ser um problema mental. É sabido que os psicopatas ou sociopatas não têm a mínima capacidade de empatia. Sua relação com os demais é totalmente egocentrada e carente de afeto.
Simpatia pode trazer qualidade de vida, vencer oposições, obstáculos ou atrair pessoas, mas empatia pode conquistar amizades ou, quem sabe, aquela criatura sensacional em que você está interessado afetivamente ...
Nas relações humanas, tanto sociais quanto afetivas, haveria bem mais entendimento se as pessoas fossem mais empáticas.
Cada vez mais no mundo dos negócios os empresários procuram pessoas empáticas para atender seus clientes porque já constataram sua eficácia na fidelização dos mesmos. E existem técnicas para desenvolver a empatia. O Dr. Martin Portner, neurologista, trabalha já há algum tempo com técnicas muito interessantes que ele disponibiliza em seu site.
Para quem interessar, este link é para download de seu e-book sobre Empatia no Trabalho:
http://portner.sites.uol.com.br/empatia/index.html
Para finalizar, aqui vai um texto de alguém que, muito mais do que eu, resume com perfeição o assunto:
O Milagre da empatia
Artur da Távola
O mais difícil dos sentimentos é o sentimento do outro. O outro é ele e és tu. Ele é realmente o outro ou é a parte tua que não queres ser, saber, ver ou aceitar? Tu és o outro para os outros, logo és igual a ele. Todos somos “outros”. E, no entanto o outro invade, ameaça, mastiga de boca aberta, irrita, eriça, machuca. Até teu filho é o outro. E tu, pobre pretensioso, pensas que ele é teu…
O sentimento do outro quantas vezes te faz parar, meditar, deixar de fazer o melhor que tens ou podes, só porque o outro é o mistério que te ameaça. Por que o outro te ameaça? Porque és tu. Quanto maior teu sentimento do outro, maior será teu o sentimento do melhor e do pior que tens.
O sentimento do outro não é sentir por ele. É saber o que ele sente. É avaliar o como e o quanto ele sente. O sentimento do outro não é o masoquismo de fazer teu, um sofrimento que só a ele pertence. É dimensionares a medida certa do sofrimento dele e só poderes ajudar porque não fazes teu um sofrimento que é alheio mas o entendes e sentes, na exata medida de sua extensão, sem as marcas e as limitações da dor enquanto dói. Não é ficar como o outro. É ficar com o outro. O sentimento do outro é quase um milagre. Cuidado com ele, vai te obrigar a ceder, a entender. Atrapalhará para sempre teu desejo, tua gula e vontade.
O sentimento do outro é aquilo que é mais prático não ter. Mas, em caso positivo é contágio de saúde: não podes deixar de exercê-lo. Senão fermentas. Senão apodreces.
Ele freará tua vitória, calará teu brilho e tua boca, impedirá tua vaidade. Pode, até, te pregar a suprema peça de te fazer entender os detestáveis. Cuidado com ele! Quanto maior, mais anulador! Quanto mais anulador, mais repleto de grandeza.
O sentimento do outro, talvez te faça tímido, herói, cais, antena. Ser antena dilacera, sabias? O sentimento do outro te exigirá nervos, músculos, e uma paciência de anacoreta. Quanto mais o outro o perceba em ti, mais ele te invadirá, cobrará, exigirá, até quando, exaurido, ainda consigas juntar os cacos do teu cansaço para, ainda assim, prosseguir.
O sentimento do outro é tua glória e tua tragédia! Tanto mais o terás quanto encontres em ti os escaninhos escurecidos do que és e, ao mesmo tempo as luzes do que, ainda puro, brilha em ti.
O sentimento do outro é o conteúdo oculto do amor ao Próximo.
Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.



Os 7 níveis do ser humano
7niveis
Recebi esta pérola por e-mail e não poderia deixar de compartilhar com vocês. Nem vou tecer comentários, deixo o texto para cada um refletir. Se quiserem, também podem verificar em que nível se encontram. rsrs
Há alguns anos, um buscador aproximou-se de um Mestre da Arte Real (um verdadeiro Místico) e perguntou-lhe:
- Mestre, gostaria muito de saber por que razão os seres humanos guerreiam-se e por que não conseguem entender-se, por mais que apregoem estar buscando a Paz e o entendimento, por mais que apregoem o Amor e por mais que afirmem abominar o Ódio?
- Essa é uma pergunta muito séria. Gerações e gerações a têm feito e não conseguiram uma resposta satisfatória, por não se darem conta de que tudo é uma questão de nível evolutivo. A grande maioria da humanidade do planeta Terra está vivendo atualmente no nível 1. Muitos outros, no nível 2 e alguns outros no nível 3. Alguns poucos já conseguiram atingir o nível 4, pouquíssimos o nível 5, raríssimos o nível 6 e somente de mil em mil anos aparece algum que atingiu o nível 7.
- Mas, Mestre, que níveis são esses?
- Não adiantaria nada explicá-los, pois além de não entender, também, logo em seguida, você os esqueceria e esqueceria também a explicação. Assim, prefiro levá-lo numa viagem mental para realizar uma série de experimentos e aí, então, tenho certeza, você vivenciará e saberá exatamente o que são esses níveis, cada um deles, nos seus mínimos detalhes.
Colocou, então, as pontas de dois dedos na testa do consulente e, imediatamente, ambos estavam em outro local, em outra dimensão do espaço e tempo. O local era uma espécie de bosque, e um homem se aproximava deles.
Ao chegar mais perto, disse-lhe o Mestre:
- Dê-lhe um tapa no rosto.
- Mas por quê? Ele não me fez nada…
- Faz parte do experimento. Dê-lhe um tapa, não muito forte, mas dê-lhe um tapa!
E o homem aproximou-se mais do Mestre e do consulente. Este, então, chegou até o homem, pediu-lhe que parasse e, sem nenhum aviso, deu-lhe um tapa que estalou.
Imediatamente, como se fosse feito de mola, o desconhecido revidou com uma saraivada de socos e o consulente foi ao chão, por causa do inesperado do ataque. Instantaneamente, como num passe de mágica, o Mestre e o consulente já estavam em outro lugar, muito semelhante ao primeiro e outro homem se aproximava. O Mestre, então comentou:
- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 1. Não pensa. Age mecanicamente. Revida sem pensar. Aprendeu a agir dessa maneira e esse aprendizado é tudo para ele, é o que norteia sua vida, é sua “muleta”.
Agora, você testará da mesma maneira, o nosso companheiro que vem aí, do nível 2. Quando o homem se aproximou, o consulente pediu que parasse e lhe deu um tapa. O homem ficou assustado, olhou para o consulente, mediu-o de cima a baixo e, sem dizer nada, revidou com um tapa, um pouco mais forte. Instantaneamente, já estavam em outro lugar muito semelhante ao primeiro.
- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 2: pensa um pouco, analisa superficialmente a situação, verifica se está à altura do adversário e aí, então, revida.
Se ele julgar-se mais fraco, não revidará imediatamente, pois irá revidar à traição. Ainda é carregado pelo mesmo tipo de “muleta” usada pelo homem do nível 1. Só que analisa um pouco mais as coisas e fatos da vida. Entendeu?
Repita o mesmo com esse aí que vem chegando, o nível 3. A cena repetiu-se. Ao receber o tapa, o homem parou, olhou para o consulente e assim falou:
- O que é isso, moço? Mereço uma explicação, não acha? Se não me explicar direitinho por que razão me bateu, vai levar uma surra! Estou falando sério!
- Eu e o Mestre estamos realizando uma série de experimentos e este experimento consta exatamente em fazer o que fiz, ou seja, bater nas pessoas para ver como reagem.
- E querem ver como reajo?
- Sim. Exatamente isso… e como você vai reagir? Vai revidar? Ou vai nos ensinar outra maneira de conseguir aprender o que desejamos?
- Já nem sei se continuo discutindo com vocês, pois acho que estou perdendo meu tempo. São dois malucos e tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar conversando com dois malucos. Que outro, em algum outro lugar, revide por mim. Não vou nem perder meu tempo com vocês, pois não merecem meu esforço… São uns perfeitos idiotas... E ainda querem me convencer de que estão buscando conhecimento. Picaretas! Isso é o que vocês são! Uns picaretas! Uns charlatões!
Imediatamente, aquela cena apagou-se e já se encontravam em outro luar, muito semelhante a todos os outros. Então, o Mestre comentou:
- Agora, você já sabe como age o homem do nível 3: gosta de analisar a situação, discutir os pormenores, criticar tudo, mas não apresenta nenhuma solução ou alternativa, pois ainda usa as mesmas “muletas” que os outros dois anteriores também usavam.
Prefere deixar tudo pra lá, pois não tem tempo para se aborrecer com a ação, que prefere deixar para os outros.
É um erudito e teórico que fala muito, mas que age muito pouco e não apresenta nenhuma solução para nenhum problema, a não ser a mais óbvia e assim mesmo, olhe lá… É um medíocre enfatuado, cheio de erudição, que se julga o “Dono da Verdade”, que se acha muito “entendido” e que reclama de tudo e só sabe criticar.
É o mais perigoso de todos, pois costuma deter cargos de comando por ser, geralmente, portador de algum diploma universitário em nível de bacharel (mais uma outra “muleta”) e se pavoneia por isso. Possui instrução e muita erudição. Já consegue ter um pouquinho mais de percepção das coisas, mas é somente isso.
Vamos, agora, saber como reage um homem do nível 4. Faça o mesmo com esse que aí vem.
E a cena repetiu-se. O caminhante olhou para o buscador e perguntou:
- Por que você fez isso? Eu fiz alguma coisa errada? Ofendi você de alguma maneira? Enfim, gostaria de saber por que motivo você me bateu. Posso saber?
- Não é nada pessoal. Eu e o Mestre estamos realizando um experimento para aprender qual será a reação das pessoas diante de uma agressão imotivada.
- Pelo visto, já realizaram este experimento com outras pessoas. Já devem ter aprendido muito a respeito de como reagem os seres humanos, não é mesmo?
- É… Estamos aprendendo um bocado. Qual será sua reação? O que pensa de nosso experimento? Tem alguma sugestão melhor?
- Hoje, vocês me ensinaram uma nova lição e estou muito satisfeito com isso e só tenho a agradecer por me haverem escolhido para participar deste seu experimento. Apenas acho que vocês estão correndo o risco de encontrar alguém que não consiga entender o que estão fazendo e revidar à agressão. Mas também se não corrermos algum risco na vida, nada jamais poderá ser conseguido, em termos de evolução.
O Mestre assim comentou:
- O homem do nível 4 já está bem distanciado e se desligando gradativamente dos afazeres mundanos. Já sabe que existem outros níveis mais baixos e outros mais elevados e está buscando apenas aprender mais e mais para evoluir, para tornar-se um sábio.
Não é, em absoluto, um erudito (embora até mesmo possa possuir algum diploma universitário) e já compreende bem a natureza humana para fazer julgamentos sensatos e lógicos. Por outro lado, possui uma curiosidade muito grande e uma insaciável sede de conhecimentos. E isso acontece porque abandonou suas “muletas” há muito pouco tempo, talvez há um mês ou dois.
Mas vamos continuar com o nosso aprendizado. Repita o mesmo com este homem que aí vem, e vamos ver como reage um homem do nível 5. O tapa estalou.
- Filho meu… Eu bem o mereci por não haver logo percebido que estavas necessitando de ajuda. Em que te posso ser útil?
- Não entendi… Afinal, dei-lhe um tapa. Não vai reagir?
- Na verdade, cada agressão é um pedido de ajuda. Em que te posso ajudar, filho meu?
- Estamos dando tapas nas pessoas que passam, para conhecermos suas reações. Não é nada pessoal…
- Então, é nisso que te posso ajudar? Ajudar-te-ei com muita satisfação pedindo-te perdão por não haver logo percebido que desejas aprender. É meritória tua ação, pois o saber é a coisa mais importante que um ser humano pode adquirir. Somente por meio do saber é que o homem se eleva. E se estás querendo aprender, só tenho elogios a te oferecer.
Logo aprenderás a lição mais importante que é a de ajudar desinteressadamente as pessoas, assim como estou a fazer com vocês, neste momento.
Instantaneamente, a cena se desfez e logo se viram em outro caminho, um pouco mais agradável do que os demais, e o Mestre assim se expressou:
- Quando um homem atinge o nível 5, começa a entender que a Humanidade, em geral, digamos, o homem comum, é como uma espécie de adolescente que ainda não conseguiu sequer se encontrar e, por esse motivo, como todo e qualquer bom adolescente, é muito inseguro e, devido a essa insegurança, não sabe como pedir ajuda e agride a todos para chamar atenção e pedir, então, de maneira velada e indireta, a ajuda de que necessita.
O homem do nível 5 possui a sincera vontade de ajudar e de auxiliar a todos desinteressadamente, sem visar vantagens pessoais. Agora, dê um tapa nesse homem que aí vem.
E o buscador iniciou o ritual. Pediu ao homem que parasse e lançou a mão ao seu rosto. Jamais entendera como o outro, com um movimento quase instantâneo, desviou-se e a sua mão atingiu apenas o vazio.
- Meu filho querido! Por que você queria ferir a si mesmo? Ainda não aprendeu que agredindo os outros você estará agredindo a si mesmo? Você ainda não conseguiu entender que a humanidade é um organismo único e que cada um de nós é apenas uma pequena célula desse imenso organismo? Seria você capaz de provocar, deliberadamente, em seu corpo, um ferimento que vai doer muito e cuja cicatrização orgânica e psíquica vai demorar e causará muito sofrimento inútil?
Instantaneamente, tudo se desfez e se viram em outro ambiente, ainda mais lindo e repousante do que o último em que estiveram. Então o Mestre falou:
- Este é um dos níveis mais elevados a que pode chegar o ser humano em sua senda evolutiva, ainda na matéria, no planeta Terra. Um homem que conseguiu entender o que é o Amor, já é um Homem Sublime, Inefável e quase Inatingível pelas infelicidades humanas, pois já descobriu o Começo da Verdade, mas ainda não a conhece em toda sua Plenitude, o que só acontecerá quando atingir o nível 7. Logo você descobrirá isso. Dê um tapa nesse homem que aí vem chegando. Vamos ver como reage o homem do nível 7.
E o buscador pediu ao homem que parasse. Quando seus olhares se cruzaram, uma espécie de choque elétrico percorreu-lhe todo o corpo e uma sensação mesclada de amor, compaixão, amizade desinteressada, compreensão, de profundo conhecimento de tudo que se relaciona à vida e um enorme sentimento de extrema segurança encheram-lhe todo o seu ser.
- Bata nele! – ordenou o Mestre.
- Não posso, Mestre, não posso…
- Bata nele! Faça um grande esforço, mas terá que bater nele! Nosso aprendizado só estará completo se você bater nele! Faça um grande esforço e bata! Vamos! Agora!
- Não, Mestre. Sua simples presença já é suficiente para que eu consiga compreender a futilidade de lhe dar um tapa. Prefiro dar um tapa em mim mesmo. Nele, porém, jamais!
- Bate-me – disse o Homem com muita firmeza e suavidade – pois só assim aprenderás tua lição e saberás finalmente porque ainda existem guerras na Humanidade.
- Não posso… Não posso… Não tem o menor sentido fazer isso…- Então – tornou o Homem – já aprendeste tua lição. Quem, dentre todos em quem bateste, a ensinou para ti? Reflete um pouco e me responde.
- Acho que foram os três primeiros, do nível 1 ao nível 3. Os outros apenas a ilustraram e a complementaram. Agora, compreendo o quão atrasados eles estão e o quanto ainda terão que caminhar na senda evolutiva para entender esse fato. Sinto por eles uma compaixão muito profunda. Estão de “muletas” e não sabem disso. E o pior de tudo é que não conseguem perceber que é até muito simples e muito fácil abandoná-las e que, no preciso instante em que as abandonarem, começarão a progredir. Era essa a lição que eu deveria aprender?
- Sim, filho meu. Essa é apenas uma das muitas facetas do Verdadeiro Aprendizado. Ainda terás muito que aprender, mas já aprendeste a primeira e a maior de todas as lições. Existe a Ignorância! – volveu o Homem com suavidade e convicção
- Mas ainda existem outras coisas mais que deves ter aprendido. O que foi?
- Aprendi, também, que é meu dever ensiná-los para que entendam que a vida está muito além daquilo que eles julgam ser muito importante – as suas “muletas” – e também sua busca inútil e desenfreada por sexo, status social, riquezas e poder.
Diz o Mestre:
- A Humanidade ainda é uma criança, mal acabou de nascer, mal acabou de aprender que pode caminhar por conta própria, sem engatinhar, sem precisar usar “muletas”. O grande erro é que nós queremos fazer tudo às pressas e medir tudo pela duração de nossas vidas individuais. O importante é que compreendamos que o tempo deve ser contado em termos cósmicos, universais. Se assim o fizermos, começaremos, então, a entender que o Universo é um organismo imenso, ainda relativamente novo, e que também está fazendo seu aprendizado por intermédio de nós seres vivos conscientes e inteligentes que habitamos planetas disseminados por todo o Espaço Cósmico.
Nossa vida individual só terá importância, mesmo, se conseguirmos entender e vivenciar este conhecimento, esta grande Verdade: “somos todos uma imensa equipe energética atuando nos mais diversos níveis energéticos daquilo que é conhecido como Vida e Universo, que, no final das contas, é tudo a mesma coisa”.
- Mas sendo assim, para eu aprender tudo de que necessito para poder ensinar aos meus irmãos, precisarei de muito mais que uma vida. Ser-me-ão concedidas mais outras vidas, além desta que agora estou vivendo?
- Mas ainda não conseguiste vislumbrar que só existe uma única Vida e tu já a estás vivendo há milhões e milhões de anos e ainda a viverás por mais outros tantos milhões, nos mais diversos níveis? Tu já fostes energia pura, átomo, molécula, vírus, bactéria, enfim, todos os seres que já apareceram na escala biológica. E tu ainda és tudo isso. Compreende, filho meu, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
- Mas mesmo assim, então não terei tempo, neste momento atual de minha manifestação no Universo, de aprender tudo o que é necessário ensinar aos meus irmãos que ainda se encontram nos níveis 1, 2 e 3.
- E quem o terá jamais, algum dia? Mas isso não tem a menor importância, pois tu já estás a ensinar o que aprendeste, nesta breve jornada mental. Já aprendeste que existem 7 níveis evolutivos possíveis aos seres humanos, aqui, agora, neste planeta Terra.
O Autor deste conto conseguiu transmiti-lo, há alguns milênios, através da Tradição Oral, durante muitas e muitas gerações.
Compreendes, agora, que não será necessário mais do que uma única vida como um ser humano, neste planeta Terra, para que aprendas tudo e que possas transmitir esse conhecimento a todos os seres humanos, nos próximos milênios vindouros? É só uma questão de tempo, não concordas, filho meu?
Tu e todos os demais que estão transmitindo esse conhecimento já cumpriram as suas partes. Que os outros, os que dele estão tomando conhecimento, cumpram as suas. Para isso são livres e possuem o discernimento e o livre-arbítrio suficientes para fazer suas escolhas e nada tens com isso.
Entendestes, filho meu?
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